Introdução

Seja bem-vindo ao matagal genealógico que é a minha família!

Meu nome é Herbert de Mélo Duarte, sou natural de João Pessoa, capital da Paraíba, e atualmente vivo em Cascais, Portugal, a apenas 20 minutos de Lisboa. Sou casado há 15 anos com Tânia Venditélli Soares Duarte e temos dois filhos lindos, Nicholas Soares Duarte, de 6 anos de idade, e Natália Soares Duarte, de 4 meses. Meus pais são Heliú Bezerra Duarte e Jeanne Almeida de Mélo Duarte, residentes em Natal, no Rio Grande do Norte, e tenho dois irmãos mais novos, Hélder e Helton de Mélo Duarte.

Eu comecei a me interessar pela história de minha família desde muito novo. Já em 1995, com apenas dez anos de idade, comecei a indagar meus avós sobre os seus familiares mais antigos, primeiramente sobre o nome de seus pais e avós, depois sobre quando haviam nascido e morrido, seguindo para os irmãos, tios e tios-avós deles e aí por diante. Tenho memórias muito boas de todos os meus quatro avós e das conversas que tivemos ao longo dos anos sobre as suas origens. Em breve, escreverei artigos falando um pouco sobre essas pessoas especiais que inspiraram e tanto me ajudaram no início deste trabalho.

Após aquela fase inicial em que me familiarizei com algumas poucas gerações passadas, por volta de 1999 e 2000, ao mesmo tempo em que tentei começar a organizar as informações que tinha até então, passei a visitar junto com meu pai alguns cartórios, igrejas e cúrias diocesanas das cidades de onde vieram meus antepassados recentes, a saber, Itabaiana, Cajazeiras, Várzea Alegre e Crato. Alguns anos depois, enquanto residia nos Estados Unidos, frequentei o Centro de História da Família e consultei microfilmes das cidades acima e de outras localidades, iniciando também as buscas pela família da minha esposa.

Todos aqueles anos de pesquisa fizeram minha árvore genealógica progredir, mas o ritmo era relativamente lento. Só após o FamilySearch começar a digitalizar e disponibilizar online muitos livros paroquiais e do registro civil brasileiro por volta de 2014 é que a pesquisa começou a andar a passos mais largos. Nesta época, também comecei a buscar mais metodicamente os colaterais e não apenas antepassados diretos, o que fez aumentar dramaticamente a quantidade de pessoas que passei a estudar. Finalmente, há cerca de dois anos, fiz um grande esforço para organizar e digitalizar todas as informações que havia conseguido até então, migrando minha base de dados para o software RootsMagic 7, depois de quase vinte anos utilizando o antigo PAF 5. Este esforço, juntamente com alguns achados incríveis depois de duas décadas de pesquisa, bem como a colaboração com outros pesquisadores bem mais gabaritados, trouxeram nos últimos dois anos uma abundância de descobertas em todos os ramos de minha árvore e também na da minha esposa.

Neste blog irei postar documentos, grupos familiares, histórias e fotografias encontrados durante minhas pesquisas genealógicas, mas sem uma ordem particular. Em linhas gerais, isto inclui as genealogias das famílias Bezerra, Duarte e Correia Lima, de Várzea Alegre e Lavras da Mangabeira (Ceará), Duarte e Pinheiro, do concelho de Paços de Ferreira (Portugal), Guedes Moreira, de Cajazeiras (Paraíba), Bezerra, Mélo, Almeida, Cardoso e Oliveira, de Itabaiana (Paraíba) e redondezas, Soares, Fernandes, Cervilla e Sábio, de Franca (São Paulo) e da província de Granada (Espanha), Venditelli e Pergola, de Guarulhos (São Paulo) e Caserta (Itália), Araújo, Sousa, Medeiros e outras, da ilha de São Miguel, Açores (Portugal).

Porque Matagal Genealógico?

Ao procurar um título para este blog, estava em busca não somente de uma expressão única mas de um nome que reforçasse a ideia de que a Genealogia não é uma ciência exata, linear, com contornos bem definidos. Ela é sim uma tentativa de resgatar a narrativa de vida de pessoas, a maioria já esquecidas pela história tradicional e até pela tradição familiar, cujos relacionamentos muitas vezes foram complexos ou inusitados, e que contribuíram de alguma forma para a composição atual das nossas famílias e personalidades.

Depois de algumas dezenas de ideias que me passaram pela cabeça, acabei por chegar no termo (quase) inédito "Matagal Genealógico". Digo quase porque, segundo o Google, este termo já havia sido utilizado pelo menos uma vez no passado por Júlio de Castilho, no livro "Lisboa Antiga: o Bairro Alto - Volume 1", cuja 3a. edição data de 1954 e contém o seguinte trecho:
Ao entrarem nesta história os Andrades, deve abrir-se como que um novo capítulo, dado que os Nobiliários tanto lhes entrelaçaram e confundiram os ramos, que se fica em risco de não sairmos do matagal genealógico.
Esta citação anterior bem captura a essência do que eu encontrei nas origens da minha própria família e nas da minha esposa.

"Matagal Genealógico" remete à ideia de que nossa família não é apenas uma simples árvore genealógica mas uma coleção delas, algumas pequenas, outras maiores, com vários ramos entrelaçados de um forma que muitas vezes torna difícil desbravar o caminho através delas.

Refere-se também ao fato de que vários ramos ancestrais da família se tornaram pioneiros em alguma região inóspita, de mato fechado, e ali construíram uma vida para si e seus descendentes. Mas estas são histórias para serem contadas em artigos futuros.

Postagens mais visitadas